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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Cartas de amor aos livros ❤📚

Por Luiz Schwarcz

O livro no Brasil vive seus dias mais difíceis. Nas últimas semanas, as duas principais cadeias de lojas do país entraram em recuperação judicial, deixando um passivo enorme de pagamentos em suspenso. Mesmo com medidas sérias de gestão, elas podem ter dificuldades consideráveis de solução a médio prazo. O efeito cascata dessa crise é ainda incalculável, mas já assustador. O que acontece por aqui vai na maré contrária do mundo. Ninguém mais precisa salvar os livros de seu apocalipse, como se pensava em passado recente. O livro é a única mídia que resistiu globalmente a um processo de disrupção grave. Mas no Brasil de hoje a história é outra. Muitas cidades brasileiras ficarão sem livrarias e as editoras terão dificuldades de escoar seus livros e de fazer frente a um significativo prejuízo acumulado.
As editoras já vêm diminuindo o número de livros lançados, deixando autores de venda mais lenta fora de seus planos imediatos, demitindo funcionários em todas as áreas. Com a recuperação judicial da Cultura e da Saraiva, dezenas de lojas foram fechadas, centenas de livreiros foram despedidos, e as editoras ficaram sem 40% ou mais dos seus recebimentos— gerando um rombo que oferece riscos graves para o mercado editorial no Brasil.
Na Companhia das Letras sentimos tudo isto na pele, já que as maiores editoras são, naturalmente, as grandes credoras das livrarias, e, nesse sentido, foram muito prejudicadas financeiramente. Mas temos como superar a crise: os sócios dessas editoras têm capacidade financeira pessoal de investir em suas empresas, e muitos de nós não só queremos salvar nossos empreendimentos como somos também idealistas e, mais que tudo, guardamos profundo senso de proteção para com nossos autores e leitores.
Passei por um dos piores momentos da minha vida pessoal e profissional quando, pela primeira vez em 32 anos, tive que demitir seis funcionários que faziam parte da Companhia há tempos e contribuíam com sua energia para o que construímos no nosso dia a dia. A editora que sempre foi capaz de entender as pessoas em sua diversidade, olhar para o melhor em cada um e apostar mais no sentimento de harmonia comum que na mensuração da produtividade individual, teve que medir de maneira diversa seus custos, ou simplesmente cortar despesas. Numa reunião para prestar esclarecimentos sobre aquele triste e inédito acontecimento, uma funcionária me perguntou se as demissões se limitariam àquelas seis. Com sinceridade e a voz embargada, disse que não tinha como garantir.
Sem querer julgar publicamente erros de terceiros, mas disposto a uma honesta autocrítica da categoria em geral, escrevo mais esta carta aberta para pedir que todos nós, editores, livreiros e autores, procuremos soluções criativas e idealistas neste momento. As redes de solidariedade que se formaram, de lado a lado, durante a campanha eleitoral talvez sejam um bom exemplo do que se pode fazer pelo livro hoje. Cartas, zaps, e-mails, posts nas mídias sociais e vídeos, feitos de coração aberto, nos quais a sinceridade prevaleça, buscando apoiar os parceiros do livro, com especial atenção a seus protagonistas mais frágeis, são mais que bem-vindos: são necessários. O que precisamos agora, entre outras coisas, é de cartas de amor aos livros.
Aos que, como eu, têm no afeto aos livros sua razão de viver, peço que espalhem mensagens; que espalhem o desejo de comprar livros neste final de ano, livros dos seus autores preferidos, de novos escritores que queiram descobrir, livros comprados em livrarias que sobrevivem heroicamente à crise, cumprindo com seus compromissos, e também nas livrarias que estão em dificuldades, mas que precisam de nossa ajuda para se reerguer. Divulguem livros com especialíssima atenção ao editor pequeno que precisa da venda imediata para continuar existindo, pensem no editor humanista que defende a diversidade, não só entre raças, gêneros, credos e ideais, mas também a diversidade entre os livros de ambição comercial discreta e os de ambição de venda mais ampla. Todos os tipos de livro precisam sobreviver. Pensem em como será nossa vida sem os livros minoritários, não só no número de exemplares, mas nas causas que defendem, tão importantes quanto os de larga divulgação. Pensem nos editores que, com poucos recursos, continuam neste ramo que exige tanto de nós e que podem não estar conosco em breve. Cada editora e livraria que fechar suas portas fechará múltiplas outras em nossa vida intelectual e afetiva.
Presentear com livros hoje representa não só a valorização de um instrumento fundamental da sociedade para lutar por um mundo mais justo como a sobrevivência de um pequeno editor ou o emprego de um bom funcionário em uma editora de porte maior; representa uma grande ajuda à continuidade de muitas livrarias e um pequeno ato de amor a quem tanto nos deu, desde cedo: o livro.

domingo, 25 de novembro de 2018

Sobre a capa do meu livro de poemas, pensando em o que poderia ilustrar a transformação, me lembrei desse trecho de Metamorfoses, escrito por Ovídio (poeta romano que viveu de 43 a.C até 17 ou 18 d.C):

"Nada morre no vasto mundo, mas tudo assume aspectos novos e variados... Existe uma ave a que os fenícios (Ásia Antiga) dão o nome de fênix. Não se alimenta de grãos ou ervas, mas das lágrimas do incenso e do suco da amônia. Quando completa cinco séculos de vida, constrói um ninho no alto de uma grande palmeira, feito de folhas de canela, do aromático nardo e da mirra avermelhada. Ali se acomoda e termina a vida entre perfumes. De suas cinzas, renasce uma pequena fênix, que viverá outros cinco séculos..."

E, assim, a fênix foi para a capa.

Em breve, estarei marcando a data do início dos envios pelo correio.
Agradeço a todos que estão colaborando com a compra antecipada ❤ assim como vocês estão auxiliando a realizar meus sonhos, desejo que os escritos contidos nesse livro, incentive vocês a realizarem os seus!



sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Um vídeo com trechos do livro de Rupi Kaur e abaixo dele o link da Amazon para quem quiser adquirir 🌷




quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Bola de meia, bola de gude - Milton Nascimento

Há um menino, há um moleque
Orando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão
Há um passado no meu presente
O sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão
Ele fala de coisas bonitas que
Eu acredito que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade, alegria e amor
Pois não posso, não devo
Não quero viver como toda essa gente insiste em viver
Não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal
Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me
Alcança o menino me dá a mão
Compositores: Fernando Brant / Milton Nascimento

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Assista! Lindo vídeo 🌹

Tudo é uma coisa só.
Tomando isso por princípio, quando fazemos algo de bom ao outro, estamos fazendo algo de bom a nós também. Perceba a alegria doce, leve, satisfeita em si, que vem das boas ações.
Já quando fazemos algo de ruim ao outro, ou quando deixamos de fazer algo bom que estava ao nosso alcance, fazemos também a nós. Nesses casos, mesmo que busquemos nos enganar com nossa mente barulhenta, não ficamos bem.
Vamos buscar fazer o bem no mundo?
Se cada um fizer sua parte, com toda a certeza em pouquíssimo tempo, esse mundo se transforma em um mundo melhor para todos.

sábado, 17 de novembro de 2018

Sobre a continuação da Menina-Poesia...

Os planos são para o início de 2019!
"Menina-Poesia compaixão" abordará de forma singela e bela a questão dos animais abandonados e a adoção.
Estou fazendo a venda antecipada dos livros de capa comum. Reserve o seu!
O ebook poderá ser encontrado na Amazon. Em breve, mais informações 🐶💕👧

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Escrever e Publicar

Realizar sonhos. 

Sempre vivi rodeada por livros. Com isso descobri a importância e os encantos de um bom livro.
Quando estava com 20 anos comecei a imaginar, a desejar, eu mesma escrever e publicar. Mas naquela época não sabia o que escrever.
Anos depois iniciei escrevendo poesias. Fui notando meu próprio tom de escrita. Nessa época me faltava segurança para as mostrar. Foi ficando tudo guardado em cadernos e folhas espalhadas.
Até que neste ano, com 38, resolvi arriscar. Escrevi um texto que simplesmente brotou, o imaginei com gravuras, e nele vi um livro infantil.
Nasceu assim a Menina-Poesia empatia.
Este é o primeiro livro da série Menina-Poesia.
É um livro infantil para todas as idades, por tratar de um tema necessário para a construção de um mundo melhor.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Sobre o livro "Entusiasmos e agonias de um ser em transformação" que em poucos dias estará disponível:
🌺 é uma seleção de poemas escritos entre 2009 e 2017;
🌺 o tema é amor: pelo outro, por si mesmo e pela vida;
🌺 os poemas são leves;
🌺 o pássaro da capa é uma fênix, símbolo da transformação;
🌺 2009 é quando escrevi meu primeiro poema, intitulado Espelho Quebrado (está no livro);
🌺 demorei alguns anos para perceber/encontrar "a voz" dos meus escritos. Alguns dos poemas presentes nesse livro (os primeiros) não possui essa "voz". Mas coloquei eles no livro por um motivo, mas só falarei do motivo, após eu ter entregue os livros 😊.

Serão poucos exemplares no formato livro físico. Valor 23 reais. Reserve já o seu ❤

https://ler-ser.negocio.site/