Translate

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Véspera de Natal.
E eu estou como?
Escrevendo...
Escrever me ajuda a ver...
Estamos caminhando para o fim de mais um ano. Escrever agora é ver o que foi esse meu ano... ano de realizações, de superações, de tomada de consciência, de me tornar "uma" juntando as partes que estavam soltas da minha história.
O sentimento que me define nesse momento é GRATIDÃO... pela minha família, pelos meus amigos, pelos meus bichinhos, pela vida que Deus me deu.
Estou em um final de ciclo. Se fechará não no dia 31, mas nos primeiros meses de 2019, quando então concluirei as tarefas que estão abertas. Eu como sonhadora que sou, vejo no ciclo que logo nascerá, coisas belas de viver e ser.
Se eu pudesse daria a cada um, um potinho de sonhos e de fé para realizá-los.
Houve um tempo que perdi meus sonhos. Não gostei. Foi como se eu tivesse perdido minha essência.
Sonhos me impelem a transformar, a querer melhorar, a querer tocar outras vidas com algo bom.
Nos meus sonhos cabe o mundo inteiro e nesse mundo todos são felizes, pacíficos, bondosos.
Creio que um dia assim será, pois esse sonho não é apenas meu... esse sonho habita muitos seres... por isso alguém o chamou de "Sonhar da Virgem Maria"... Ela que trouxe ao mundo o Messias, deve ser quem sopra em nossos corações as sementes de sonhos bons para os dias que virão.

(Mariana Streicher) 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Não apresse o rio

"O rio corre sozinho, vai seguindo seu caminho. Não necessita ser empurrado. Para um pouquinho no remanso. Apressa-se nas cachoeiras. Desliza de mansinho nas baixadas. Precipita-se nas cascatas. Mas, no meio de tudo isso vai seguindo seu caminho. Sabe que há um ponto de chegada. Sabe que seu destino é para a frente. O rio não sabe recuar. Seu caminho é seguir em frente. É vitorioso, abraçando outros rios, vai chegando no mar. O mar é sua realização. É chegar ao ponto final. É ter feito a caminhada. É ter realizado totalmente seu destino. A vida da gente deve ser levada do jeito do rio. Deixar que corra como deve correr. Sem apressar e sem represar. Sem ter medo da calmaria e sem evitar as cachoeiras. Correr do jeito do rio, na liberdade do leito da vida, sabendo que há um ponto de chegada. A vida é como o rio. Por que apressar? Por que correr se não há necessidade? Por que empurrar a vida? Por que chegar antes de se partir? Toda natureza não tem pressa. Vai seguindo seu caminho. Assim também é a árvore, assim são os animais. Tudo o que é apressado perde o gosto e o sentido. A fruta forçada a amadurecer antes do tempo perde o gosto. Tudo tem seu ritmo. Tudo tem seu tempo. E então, por que apressar a vida da gente? Desejo ser um rio. Livre dos empurrões dos outros e dos meus próprios. Livre da poluição alheias e das minhas. Rio original, limpo e livre. Rio que escolheu seu próprio caminho. Rio que sabe que tem um ponto de chegada. Sabe que o tempo não interessa. Não interessa ter nascido a mil ou a um quilômetro do mar. Importante é chegar ao mar. Importante é dizer "cheguei". E porque cheguei, estou realizado. A gente deveria dizer: não apresse o rio, ele anda sozinho. Assim deve-se dizer a si mesmo e aos outros: não apresse a vida, ela anda sozinha Deixe-a seguir seu caminho normal. Interessa saber que há um ponto de chegada e saber que se vai chegar lá." Barry Stevens, do livro: NÃO APRESSE O RIO.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

O medo é um dos grandes empecilhos na conquista de nossos sonhos...
A voz dele as vezes aparece nas horas em que estamos trabalhando pela construção desses sonhos... ela vem dizendo: "você não pode"; "não vai conseguir"; "vai dar errado"...
Não brigue com o medo, mas calmamente, carinhosamente, firmemente, diga: "eu posso"; "vou conseguir"; "já está dando certo"...
Que tudo que seja para o bem, para o crescimento, para o fortalecimento, floresça!

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

"Menina-Poesia compaixão"

Iniciando oficialmente a venda antecipada da "Menina-Poesia compaixão" 👧 em 3 ou 4 meses estará publicado.
"Menina-Poesia compaixão" é sobre o encontro com um animalzinho abandonado.
Texto: Mariana Streicher
Ilustrações: Antonio Agnelo Barbosa Condi
Na imagem um pedacinho de uma das ilustrações para vocês verem a lindeza que estará no livro 🐕 ❤
Serão impressos poucos exemplares.
Valor de cada exemplar: 22 reais

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Cartas de amor aos livros ❤📚

Por Luiz Schwarcz

O livro no Brasil vive seus dias mais difíceis. Nas últimas semanas, as duas principais cadeias de lojas do país entraram em recuperação judicial, deixando um passivo enorme de pagamentos em suspenso. Mesmo com medidas sérias de gestão, elas podem ter dificuldades consideráveis de solução a médio prazo. O efeito cascata dessa crise é ainda incalculável, mas já assustador. O que acontece por aqui vai na maré contrária do mundo. Ninguém mais precisa salvar os livros de seu apocalipse, como se pensava em passado recente. O livro é a única mídia que resistiu globalmente a um processo de disrupção grave. Mas no Brasil de hoje a história é outra. Muitas cidades brasileiras ficarão sem livrarias e as editoras terão dificuldades de escoar seus livros e de fazer frente a um significativo prejuízo acumulado.
As editoras já vêm diminuindo o número de livros lançados, deixando autores de venda mais lenta fora de seus planos imediatos, demitindo funcionários em todas as áreas. Com a recuperação judicial da Cultura e da Saraiva, dezenas de lojas foram fechadas, centenas de livreiros foram despedidos, e as editoras ficaram sem 40% ou mais dos seus recebimentos— gerando um rombo que oferece riscos graves para o mercado editorial no Brasil.
Na Companhia das Letras sentimos tudo isto na pele, já que as maiores editoras são, naturalmente, as grandes credoras das livrarias, e, nesse sentido, foram muito prejudicadas financeiramente. Mas temos como superar a crise: os sócios dessas editoras têm capacidade financeira pessoal de investir em suas empresas, e muitos de nós não só queremos salvar nossos empreendimentos como somos também idealistas e, mais que tudo, guardamos profundo senso de proteção para com nossos autores e leitores.
Passei por um dos piores momentos da minha vida pessoal e profissional quando, pela primeira vez em 32 anos, tive que demitir seis funcionários que faziam parte da Companhia há tempos e contribuíam com sua energia para o que construímos no nosso dia a dia. A editora que sempre foi capaz de entender as pessoas em sua diversidade, olhar para o melhor em cada um e apostar mais no sentimento de harmonia comum que na mensuração da produtividade individual, teve que medir de maneira diversa seus custos, ou simplesmente cortar despesas. Numa reunião para prestar esclarecimentos sobre aquele triste e inédito acontecimento, uma funcionária me perguntou se as demissões se limitariam àquelas seis. Com sinceridade e a voz embargada, disse que não tinha como garantir.
Sem querer julgar publicamente erros de terceiros, mas disposto a uma honesta autocrítica da categoria em geral, escrevo mais esta carta aberta para pedir que todos nós, editores, livreiros e autores, procuremos soluções criativas e idealistas neste momento. As redes de solidariedade que se formaram, de lado a lado, durante a campanha eleitoral talvez sejam um bom exemplo do que se pode fazer pelo livro hoje. Cartas, zaps, e-mails, posts nas mídias sociais e vídeos, feitos de coração aberto, nos quais a sinceridade prevaleça, buscando apoiar os parceiros do livro, com especial atenção a seus protagonistas mais frágeis, são mais que bem-vindos: são necessários. O que precisamos agora, entre outras coisas, é de cartas de amor aos livros.
Aos que, como eu, têm no afeto aos livros sua razão de viver, peço que espalhem mensagens; que espalhem o desejo de comprar livros neste final de ano, livros dos seus autores preferidos, de novos escritores que queiram descobrir, livros comprados em livrarias que sobrevivem heroicamente à crise, cumprindo com seus compromissos, e também nas livrarias que estão em dificuldades, mas que precisam de nossa ajuda para se reerguer. Divulguem livros com especialíssima atenção ao editor pequeno que precisa da venda imediata para continuar existindo, pensem no editor humanista que defende a diversidade, não só entre raças, gêneros, credos e ideais, mas também a diversidade entre os livros de ambição comercial discreta e os de ambição de venda mais ampla. Todos os tipos de livro precisam sobreviver. Pensem em como será nossa vida sem os livros minoritários, não só no número de exemplares, mas nas causas que defendem, tão importantes quanto os de larga divulgação. Pensem nos editores que, com poucos recursos, continuam neste ramo que exige tanto de nós e que podem não estar conosco em breve. Cada editora e livraria que fechar suas portas fechará múltiplas outras em nossa vida intelectual e afetiva.
Presentear com livros hoje representa não só a valorização de um instrumento fundamental da sociedade para lutar por um mundo mais justo como a sobrevivência de um pequeno editor ou o emprego de um bom funcionário em uma editora de porte maior; representa uma grande ajuda à continuidade de muitas livrarias e um pequeno ato de amor a quem tanto nos deu, desde cedo: o livro.